sexta-feira, 29 de março de 2013

A SABEDORIA DA ALMA


Dáat Tevunót
Rabino Moshe Chaim Luzzatto, Editora Sêfer, 192 páginas (14x21 cm, brochura), ISBN 85-85583-85-9, 2008
Informações e encomendas através do email  euronigma@sapo.pt 
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Nesta brilhante obra, o Rabino Moshe Chaim Luzzato revela, sem sombra de dúvida, sua profunda sabedoria. Conceitos básicos sobre judaísmo são tratados de forma concisa e, ao mesmo tempo, profunda. O autor conseguiu explicar em "Dáat Tevunót" porque um mais um é igual a dois. Após sua leitura, você, leitor, verá o mundo por um prisma completamente renovado. Imagine-se apreciando uma obra de arte mas entendendo realmente o que é arte! Nesta grande obra, o autor trouxe à tona a verdadeira forma de apreciar a maior de todas as obras de arte – o nosso Universo. "A Sabedoria da Alma" não é um livro somente de leitura, mas, sim, um livro de estudo no qual é importante reler os conceitos algumas vezes, até que você interiorize seus ensinamentos, pois há nele muitos conceitos da Cabalá e da filosofia judaica. Rabino Chaim Vital Passy
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Sobre o Autor: O Rabino Moshe Chaim Luzzatto, o "Ramchal", assim conhecido por suas iniciais em hebraico, foi uma das figuras mais extraordinárias da história judaica. Nascido em Pádua, na Itália, em 1707, revelou ainda criança sua verdadeira genialidade no estudo da Torá. Aos 11 anos de idade, já dominava totalmente o Talmud e, aos 14, escreveu seu primeiro livro. Também muito jovem, aos 13 anos, mergulhou no estudo da Cabalá a partir das obras do Ari ZA''L, e seu talento fez com que se tornasse um dos grandes cabalistas de todos os tempos. Como havia ocorrido séculos antes com Maimónides, também o Ramchal foi um dos eruditos mais polémicos e discutidos de sua geração. Sua extrema capacidade, especialmente no campo do misticismo judaico, chegou a levantar desconfiança entre os estudiosos, pois vivia-se a época posterior à dos falsos messias, e as desastrosas deturpações espirituais que produziram ainda traziam à tona a profunda cautela da comunidade rabínica. A natureza inovadora e rica do seu trabalho provocou que um sábio da época escrevesse aos rabinos de Ancona, para que investigassem o Ramchal "da cabeça aos pés", pois havia sido informado de que ele, o Ramchal, receberia mensagens de um Maguid (anjo) que, por sua vez, lhe revelaria segredos místicos. As sanções da comunidade rabínica local contra o Ramchal acabaram tornando-o objecto de um "Cherem" (carta de excomunhão). Nesta situação dolorosa e injusta, ele deixou Pádua e seguiu para Amesterdão, esperando encontrar um ambiente receptivo às suas ideias e ao seu trabalho. Apenas mais tarde se tornaria claro que o alto rabinato da Itália e de alguns outros países europeus havia se deixado tomar pelo medo frente à postura inovadora do Ramchal, e que, na verdade, ele era um ilustre estudioso que viria a iluminar o caminho de gerações futuras. Com o tempo, a verdade emergiu mais forte do que nunca, e o Ramchal foi consagrado como um dos sábios mais importantes de todas as gerações. Seus livros – entre os quais se destacam "O Caminho de Deus" e o "Caminho dos Justos" – são tratados até hoje como fontes de referência no estudo da Torá. Como muitos dos líderes da história judaica, o Ramchal acalentava o sonho de morar na Terra de Israel, para poder se aproximar ainda mais de Deus. E assim fez, indo morar para a cidade de Aco. Porém, três anos depois de sua chegada, faleceu precocemente aos 39 anos de idade, sendo enterrado na cidade de Tiberíades, ao lado do túmulo do Rabi Akiva.

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